ARTE FEMENINA

ARTE FEMENINA

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

MENINO DE RUA


Menino de rua!
Dormes ao relento
Nos lençóis da lua
Na cama do vento.
Vais pedindo esmola,
No lixo vasculhas,
Nunca foste á escola
E disso te orgulhas.


Sem eira nem beira,
Pardal sem ter ninho,
Fugiste á fileira
E erraste o caminho.
O destino teu,
A sorte tão crua,
Por que aconteceu
Menino de rua!



Migalha de gente
Que pena me fazes,
Igual e diferente
Dos outros rapazes,
Menino de rua,
Sem rumo, sem vida,
És frágil, flutua
Que vai naufragar.



Com sua atracção
Perto o abismo está!
Quem te deita a mão,
Quem dele te recua,
Quem te salvará,
Menino de rua!



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